quarta-feira, janeiro 28, 2009

Já lá estive


Existem diferenças entre “testemunho” e “opinião”

Para dar o meu testemunho, eu procuro no conjunto das minhas experiências de vida, alguma situação pela qual eu também passei, e é nesse encontro entre pessoas que se faz o intercâmbio da compreensão humana, que se testemunha a Vida em nós.

A minha opinião não parte da minha experiência com a vida, a minha opinião é apenas intelectual, vem dos livros que li, vem dos professores que passaram por mim, vem de todas as pessoas que me rodeiam e contam os seus casos de vida, vem da sociedade, menos da minha experiência pessoal.

Quando digo às pessoas que já lá estive, é porque a situação pela qual elas estão a passar, eu já passei e saí dela, no fundo fui testemunha de algo que me aconteceu, agradável ou desagradável. Então eu dou o meu testemunho com toda a facilidade.

Por outro lado, se eu não passei nem tenho experiência da situação pela qual a outra pessoa está, com muito cuidado e com muito aviso, darei a minha opinião sobre o assunto, ou então me calo e apenas oiço, e deixo que a história da experiência da outra pessoa venha até cá dentro de mim, para sentir a pessoa perto de mim.

O que oiço e leio de outros, vejo-os a lançar facilmente as suas opiniões sobre as vidas de outros, de como deviam viver, decidir, ser, mas que eles próprios nunca viveram, decidiram, foram aquilo que opinam.

Era importante fazermos uma lista de experiências que tivemos na nossa vida, então esses serão os nossos testemunhos. Com os nossos testemunhos, sabemos a altura certa para os darmos e para acompanhar a outra pessoa, cria-se cumplicidade, promove-se a outra pessoa, é a nossa mão que estamos a dar. Esta é verdadeira caridade, aquela que é baseada no testemunho e não na opinião.

Então vamos todos testemunhar a Vida, o Amor, Deus.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Os truques das religiões institucionais e outras afins

O medo é a arma das religiões, este medo incutido tem várias formas, cada vez mais, mais refinadas e apuradas, e com objectivos bem definidos que tem como resultado o sistema de pirâmide, “quantos mais houver por debaixo de mim, mais alto eu estou”, é claro que não vêem quantos seres humanos estão sob os seus pés e suportam o seu peso, o que interessa é que EU esteja mais perto do CÉU.

A chamada “caridade” religiosa, não é mais do que um negócio, eu uso o pobre e o miserável, eu os ajudo a ficarem na mesma, para que eu possa continuar a ajudá-los, eu não estou interessado que eles e elas saiam daquela situação, não estou interessado que eles e elas cresçam e consigam por si sós viver plenamente a vida, o pobre e o miserável são o meu meio para chegar onde quero chegar, assim deus, Jesus, nossa senhora, os santos e as santas, possam continuar a apontar na nossa folha de “Deve e Haver” da contabilidade divina, o máximo de pontos positivos, e EU assim quando morrer possa me juntar a eles no CÉU.

A chamada “oração” religiosa, não é mais que um chorrilho de reclamações ao deus, ou às partes de deus, pai, filho, espírito santo, como este deus era demasiado masculino, e as mulheres foram sendo postas de parte na organização do movimento espiritual de Jesus. Qual a melhor mulher para assumir a parte feminina deste deus? A mãe de Jesus, Maria. Então foi sendo elevada pelos senhores bispos, cardiais e papas, levada ao colo (depois de morta) a uma posição de quase-deusa, e qualquer fenómeno psíquico (tal como aconteceu em Fátima) é tecido para que aquela figura mais branca que o sol, seja a mãe de Jesus, e aí se preste culto a ela, ela que não era dessas coisas, parece que depois de morta agrada-lhe muito essa adoração.

O chamado local de culto, vulgo “igreja”, não é mais que uma feira de vaidades, onde todos os “galináceos” se pavoneiam, e negoceiam o pagamento dos “pecados” cometidos no exterior. Sim, existe nestas pessoas, duas pessoas (eu sei, eu estive lá, já não estou), a pessoa exterior e a pessoa interior. Nestes cultos e ritos, a pessoa entra em negociação entre a pessoa que é e a pessoa que deveria ser, entre a pessoa que foi e a pessoa que é, o problema é que a pessoa não sabe quem é, e então divide-se, cria uma pessoa exterior e uma pessoa interior. A pessoa exterior passa a ser conceituada e respeitada pelos outros e cheia de virtudes religiosas, mas a pessoa interior é tudo o que não pode ser para o exterior. A pessoa vive duas vidas separadas e de oposto. É da separação que a religião gosta, gosta de pessoas divididas, só nas pessoas dividas é que a religião pode reinar.

Eu já não estou lá, já não estou dividido, já não estou separado, sou uno.

Tu queres estar lá?
Tu queres continuar dividido?
Tu queres estar separado?

terça-feira, janeiro 20, 2009

O livro que ando a ler

Escrito por um cirurgião que aprendeu mais ciência no livro da vida do que nas obras académicas, este livro convida-o a conhecer a Bioenergética, uma terapia original, mas também uma arte de curar.

É possível encontrar nas profundezas da consciência a força para vencer uma doença incurável? Como podemos transformar a nossa alma no aliado do médico que trata o nosso corpo? Quem é o autor da cura? Será que a doença é a oportunidade de encontrar um sentido para a vida?

Encontrará a resposta a estas e a muitas outras perguntas neste livro. Mas mais do que descrever as técnicas e os procedimentos da Medicina Bioenergética, o autor explora uma nova dimensão da consciência, onde tanto a saúde como a doença dependem dos hábitos e das convicções de cada um.

Tanto místico como científico, Jorge Carvajal é também um poeta. Esta obra irá, por isso, surpreender o leitor pela beleza das suas palavras e será sempre, acima de tudo, um convite à reflexão.


Jorge Carvajal
Jorge Carvajal Posada possui uma longa carreira dedicada ao exercício da medicina, à investigação e à docência. É licenciado em Medicina e Cirurgia, possuindo também estudos de pós-graduação em Auriculoterapia, Acupunctura, Terapia Neural, Medicina Floral e Ayurvédica. Especializou-se em Bioenergética, um modelo que integra as terapias alternativas e a medicina ocidental, tendo sido membro fundador e dirigente da Associação de Médicos e Investigadores de Bioenergética e desenvolvido vários equipamentos e tecnologias com fins terapêuticos. É ainda o criador da Medicina Sintergética e autor de vários livros.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Todo o Ocidente está aí edificado sobre o mítico Cristo-Vencedor e o seu deus-Ídolo-Todo-Poderoso

"Todo o Ocidente está aí edificado sobre o mítico Cristo, o do Poder ven­ce­dor, esmagador dos inimigos - todos os que o não reconheçam e porventura denunciem os seus crimes - e sobre o seu Deus-todo-poderoso, que é o pior dos ídolos; não está edificado sobre Jesus, o Ser Humano por antonomásia, o Pão Partido e Repartido que se dá a comer, o Vinho Derramado que se dá a beber para a vida do Mundo, medi­an­te Práticas Políticas e económicas maiêuticas.

Com o Poder que o Cristo mítico fundamenta e abençoa, está também o ídolo do Grande Capital ou o Grande Dinheiro. E está, sempre, infalivelmen­te, o Religioso, hoje até servido pelas Igrejas que, envergonhadamente, ain­da se reclamam, por vezes, de Jesus, e quase sempre apenas de Cristo!

Há lugar no nosso Mundo para todos estes ídolos. Só não há lugar pa­ra os seres humanos, mulheres e ho­mens, livres, criadores, cultos, sábios, poe­tas, profetas, todos em estado de maioridade, bem ao jeito de Jesus. A Idolatria é, pois, completa e total. É ela que domina / esmaga / tolhe / mata os Povos. Esta é a sua hora. A hora do Poder da Treva.

Missão precisa-se. A das, dos de Jesus. Não a do mítico Cristo de Paulo antes de se ter convertido definitiva­men­te a Jesus.

Vem, Senhor (= o Ser Humano na sua plenitude) Jesus! Vade retro, Cristo, Vencedor, o mítico fundamento de todo o Poder, sempre mentiroso e assassino.

Felizmente, até Paulo acabou por desistir do mítico Cristo davídico / ven­cedor e tornou-se das, dos de Jesus, como antes dele, já havia feito Pedro.

Mas as Igrejas que falam tanto de Paulo e de Padro e, este ano paulino, sobretudo de Paulo, ainda não foram capazes de dar este decisivo Passo ou PÁSCOA para Jesus que eles, finalmente, deram.

Ainda vão mais pelo mítico Cristo de Paulo, antes da sua definitiva con­ver­são a Jesus, do que por Jesus, o do Evangelho de Marcos. Para mal delas. Para mal das populações de que elas se pensam guias. Para mal dos Po­vos. E, muito particularmente, para mal dos Pobres!"

Jornal Fraternizar
Edição nº 172 de Janeiro/Março 2009

Ver aqui: http://www.padremariodalixa.cjb.net/

sexta-feira, janeiro 09, 2009

What Is Love?

"What Is Love?

It is an experience of oneness, of unity, where there is no separation, where separation is unthinkable. The idea of duality becomes the illusion and the idea of oneness becomes the reality.

This is the ultimate reality. This is the way things really are. You are not separate from each other and you never have been. Love is the human urging to prove that, and to experience it.

Conversations With God for Teens
Neale Donald Walsch
Page 121"

O que é Amor?

É a experiência da unicidade, da unidade, onde não há separação, onde a separação é impensável. A ideia da dualidade torna-se a ilusão e a ideia de unicidade torna-se a realidade.

Esta é a realidade última. Esta é maneira como as coisas são. Vocês não estão separados entre vós e nunca estiveram. Amor é uma urgência humana para provar isto mesmo, e para experienciá-lo.


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sexta-feira, janeiro 02, 2009

Dizem, Ano Novo Vida Nova

Lá recebemos nós, os votos de Ano Novo, como se a passagem de uns números para outros fosse assim tão importante, mas pelos vistos é importante, pelo menos para o cardeal patriarca de Lisboa, o primeiro-ministro, o presidente da república, e até para o bispo de Roma (vulgo Papa), transmitindo as suas mensagens urbi et orbi.

Logo no início do ano, eles aparecem para nos lembrar quem manda no mundo e no país, quem manda nas nossas consciências e nos nossos corações, mostram-se preocupados (apenas isso, pré ocupados) e apelam (como se não tivessem poder), que tudo deveria funcionar como eles querem (como se não funcionasse), mandam os outros mudar de vida, mas eles nunca mudam (sentem-se os pilares estáveis da sociedade, como se a Vida não fosse mudança), falam na liberdade (mas sempre aquela que está aprisionada dentro do conjunto das suas ideias preconcebidas e estereotipadas), falam da pobreza (mas eles continuam cada vez mais, mais ricos), falam na paz (mas continuam a lançar ideias para aumentar o número de fiéis às suas ideias, e a combater as ideias dos outros que não pensam como eles), falam de unidade (mas continuam a realizar excomunhões a quem não pensa como eles), falam de valores (mas nunca nos dizem que valores são esses, mas eu acho que são os valores tipo, conta bancária), falam disto e daquilo “não fazer sentido” (uma coisa ou atitude não fazer sentido, depende do sentido que se lhe dá, a pergunta fica no ar, qual é o sentido deles? Antes de se dizer que não faz sentido, é necessário esclarecer em que sentido se está a circular, se não é como dizer “certas e determinadas pessoas” que no concreto não são pessoas nenhumas).

Que posso eu fazer?

Posso me rir, rir-me como um menino num circo e estivesse a assistir a estes números do meu lugar na sociedade, e assisto a estas palhaçadas, e grito: “Hei, pessoal, o rei vai nu”, e depois grito mais alto ainda: “Vai nu, olhem!”. Vejam as fatiotas que vestem e depois reparem como são parecidas às dos palhaços (os verdadeiros são os que estão no circo, por que estão conscientes do que são, os outros são falsos e inconscientes), estes seres humanos que pensam que são tão importantes para nós (eles pensam que somos ovelhas sem pastor), e que sem eles o país e o mundo estariam à deriva, e todos os seus discursos e trejeitos assim o apontam, só posso me rir deles, não os quero matar nem os destruir, desejo apenas que se sintam seres humanos, simplesmente humanos, e o ridículo é ferramenta a usar nestes casos, leva os seres humanos (eu incluído, claro) a rir-se de si próprios, a não levarem esta vida tão a sério, a seriedade no expoente máximo leva-nos à loucura e a uma maior inconsciência, e consciência é o que se procura, ter consciência que esta forma de vida é uma ilusão, mas tem um propósito em ser uma ilusão e é disso que temos que ter consciência, e então usemos esta forma de vida como se fosse uma peça de um puzzle e então a coloquemos no sítio onde deve estar.

Voltando ao tema, na realidade passei ao lado dos discursos (que são sempre mais do mesmo, e repetitivos até à náusea) dos ditos e auto-proclamados “pilares da sociedade” (que papel tão ridículo!), e passei a noite de ano novo num lar de crianças, a ver “A Pequena Sereia”, “A Pipi das Meias Altas” e ainda “A Fuga das Galinhas”, todas estas histórias têm muito mais “sumo” que todos os discursos dos ditos “pilares”, há muito mais a relembrar nestas animações infantis do que no mais douto discurso de um qualquer senhor professor doutor engenheiro bispo cardeal papa. Dei-me em afectos que estas crianças sentem falta, e senti-me cansado, mas um cansaço bom (mas sem orgulho, nem sentimentos de obrigação cumprida), senti-me ser humano (fui EU no Aqui/Agora, nem mais nem menos). Não é de discursos e mensagens que os seres humanos sentem falta, sentem falta de afectos e de afectos continuados, não apenas no Natal, não apenas em ocasiões especiais, mas sempre que a Vida nos traga essa oportunidade, e sempre numa relação de iguais qualquer que seja a diferença de idades, SER HUMANO DE AFECTOS, esta é a Vida Nova no Novo Ano de 2009 (apenas um número!).