segunda-feira, novembro 30, 2009

A ditadura das minorias... - em resposta

"Atenção! Olhem à volta!
A família está em fase de desfragmentação.
A Europa tem vergonha da sua génese judaico-cristã.
Por todo o lado a “liberdade” das minorias, defendida pelos tecnocratas, sobrepõe-se à vontade das maiorias que se vêm amordaçadas por determinações administrativas várias.
Os valores da ética e da moral estão a ser despedaçados.
Cada vez há mais falta de compromissos de VIDA… sã e de bons costumes…"
veio daqui http://padre-inquieto.blogspot.com/

 

 

A minha resposta:

 

Atenção!!!

 

Os padres, bispos e papas, são uma minoria no mundo e no entanto mandam e controlam que se fartam.

 

Este é um bom ponto de partida.

 

Como pode um padre dizer que a família está em fase de desfragmentação, quando eles não podem constituir família, então a família cristã do crescei e multiplicai-vos, não se aplica a eles? Ah, pois, eles são os “escolhidos” de Deus, os outros são acasos de Deus, estou sempre a esquecer este pormenor.

 

A Europa não tem vergonha da sua génese judaico-cristão, por que essa não é a sua génese, a sua génese até já foi mulçulmana, pagã, bárbara. Então não falemos em génese da Europa, mas falemos nas pessoas que vivem, trabalham, entre outras coisas que fazem no espaço chamado Europa.

 

Eu até entendo o quarto parágrafo, visto que a igreja que diz católica (universal) nunca o foi, por nunca integrou a minorias, como até as esmagou nas suas guerras santas contra os infiéis ao papa.

 

A ética e a moral, deve ser a ética e a moral da cristandade que continua por aí em guerra santa mas desta vez sem a espada e a guilhotina, mas que mata a voz e a vez de todos os que falam na construção de uma outra Igreja, esta realmente universal, ainda bem que não vamos por essa ética e moral da cristandade.

 

Compromissos de VIDA? Não deve saber o que está a dizer, ainda por cima, sã e de bons costumes, quais bons costumes? A vida sã e os bons costumes dos padres irlandeses? Pois só falta descobrir quantas vítimas houve e continua a haver em Portugal de padres com a sexualidade reprimida, que olham para as crianças como alvos fáceis das suas mentes doentes e podres, que gostam muito de dizer as palavras de Jesus “Deixai vir a mim as criancinhas”.

 

sexta-feira, novembro 27, 2009

O deus da doença

"Acreditar que um Filho de Deus pode estar doente é acreditar que parte de Deus pode sofrer. O amor não pode sofrer porque não pode atacar. A lembrança do amor, portanto, traz consigo a invulnerabilidade. Não fiques do lado da doença na presença de um Filho de Deus, mesmo que ele acredite nela, pois a tua aceitação de Deus nele reconhece o Amor de Deus que ele esqueceu. O teu reconhecimento dele como parte de Deus lembra-lhe a verdade a respeito de si próprio, que ele está negando. Queres tu reforçar a sua negação de Deus e assim perder a ti mesmo de vista? Ou queres lembrá-lo da sua integridade e junto com ele lembrar do teu Criador?
 
Acreditar que um Filho de Deus está doente é idolatrar o mesmo ídolo que ele idolatra. Deus criou o amor, não a idolatria. Todas as formas de idolatria são caricaturas da criação, ensinadas por mentes doentes por demais divididas para conhecer que a criação compartilha o poder e nunca o usurpa. A doença é idolatria, porque é a crença em que o poder pode ser tirado de ti. No entanto, isso é impossível, porque tu és parte de Deus, Que é todo o poder. Um deus doente não pode deixar de ser um ídolo, feito à imagem do que o seu autor pensa que ele é. E é exactamente isso o que o ego percebe num Filho de Deus: um deus doente, autocriado, auto-suficiente, muito perverso e muito vulnerável. É esse o ídolo que queres idolatrar?  É essa a imagem que queres salvar com a tua vigilância? Estás realmente com medo de perder isso?"
 
Capítulo 10, III, parágrafos 3 e 4 do UCEM

segunda-feira, novembro 23, 2009

Tentar/Querer Ser

 

Tenho ouvido, aqui e acolá, pessoas que a respeito de mudanças na sua própria vida, tanto ao nível espiritual como ao nível dos seus relacionamentos, dizerem quem estão/vão "tentar" e/ou que "querem" mudar, mas para desespero pessoal consideram-se longe desses ideais que outros lhes dizem que são os ideais a atingir.

 

Ultimamente, também tenho ouvido falar em avatares (Avatar vem do sânscrito Avatāra, que significa "Aquele que descende de Deus", ou simplesmente "Encarnação". Qualquer espírito que ocupe um corpo de carne, representando assim uma manifestação divina na Terra.), pessoas que pela sua vida vivida são consideradas como os expoentes máximos da humanidade, verdadeiros exemplos a seguir, isto sempre em considerações externas a esses mesmos avatares que eu acredito que eles/elas próprios/as assim não se consideram. Mas um americano (sempre, um americano) lá uma arranjou uma métrica ou escala para avaliar e medir a vibração das pessoas, como se toda a Vida não fosse uma vibração, e diz ele, que não se considera um avatar, que há pessoas que são avatares. Parabéns, mais uma vez, conseguiu minar as relações humanas, agora eu tenho que olhar para o considerado avatar como uma pessoa superior a mim, que está mais perto do céu que eu, que vai ser vencedor da corrida e eu não. Mas como podemos ver através da definição de avatar e à luz das novas espiritualidades, todos nós somos avatares, todos somos “aquele que descende de Deus”.

 

Isto para dizer, e juntando a questão do "tentar" e "querer" com a questão dos avatares, que é uma inumanidade forçar as pessoas (eu incluído) a "elevarem-se" a esses considerados "estados elevados de consciência" dos ditos avatares, o stress que se incute nas pessoas para que elas saiam do seu "estado de inconsciência", que é uma forma suave de nos chamarem inconscientes como se eles não fossem inconscientes também, cegos que guiam outros cegos, e quando elas são pressionadas pelos seus "mestres" (mais uma vez, quem é que inventou a escala de proximidade com o céu?), as pessoas stressadas arranjam a desculpa de que estão a "tentar" e dizem que os progressos são "mínimos", claro baseados na escala do "mestre" ou na escala de "avatar". Portanto saímos da reunião com os chamados mestres, pior do que entramos, e essa “fraqueza” é aproveitada de forma económica (de uma forma ou de outra) pelos referidos “mestres”.

 

Se a escolha é ser avatar, então não se tente nem se queira ser, afirme-se como tal e tudo acontecerá.

Se a escolha é não ser um avatar, então não se tente nem se queira ser, afirme-se como tal e tudo acontecerá.

 

Eu sou um avatar. Provem que eu não sou.

 

Escolham e afirmem o que escolheram.

 

 

sexta-feira, novembro 20, 2009

"O homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher"

«3 A frase é esta: "Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne" (cf. Génesis 2, 24). O escriba ou os escribas que compuseram este mítico relato das origens do Povo Hebreu nunca sonharam a nefasta influência que esse seu relato mítico, em grande parte, copiado dos relatos míticos dos outros povos mais desenvolvidos em redor, viria a causar, pelos séculos fora, até ao século XXI, que é agora o nosso. Viviam no palácio real, comiam à mesa do rei, recebiam dele mordomias, tinham inevitavelmente que escrever de acordo com as ordens, as ambições de domínio da casa real que lhes pagava para isso, de modo que, assim, até os crimes que viessem a ser cometidos por essa casa real contra as outras tribos hebreias e contra os povos em redor, olhados, desde logo, como inimigos dos Hebreus, estavam, à partida, justificados e até abençoados. Afinal, era Deus que assim queria. Era Deus que assim mandava. Só que semelhante Deus não passa de um Ídolo. Como é sempre um Ídolo, todo o Deus que está da banda do Poder, a justificá-lo e abençoá-lo.
...
5 Aquela frase não fundou o casamento, como mentirosamente ensinam ainda hoje as cúpulas das Igrejas e as suas catequeses paroquiais, inclusive, as suas Faculdades de Teologia. (Já reparamos que das cúpulas das Igrejas, como das cúpulas do Poder Político e do Poder Financeiro, só vêm desgraças, mentira e crime, por outras palavras, elas existem só para roubar, matar e destruir os seres humanos e os povos?!). Muito menos, aquela frase fundou o casamento monogâmico. Muito menos ainda, ela fundou o casamento de um homem com uma mulher. Nunca esteve nas intenções da casa real de David /Salomão semelhante intenção /preocupação (basta dizer que a própria Bíblia regista que Salomão "amou muitas mulheres estrangeiras e moabitas, amonitas, edomitas, sidónias e hititas [...]. Teve setecentas esposas de sangue nobre e trezentas concubinas", cf. 1Reis, 11, 1-3)). Nem nunca esteve nas intenções /preocupações dos escribas que executaram as ordens que a mesma casa real lhes deu. O grande objectivo do relato mítico das origens era reforçar o Poder da casa real sobre as demais casas hebreias, um domínio cada vez mais absoluto. E, posteriormente, sobre os outros povos em redor, até que fosse criado o grande Império Judeu, com o Deus de David a presidir /reinar! Um Deus que só podia ser, só pode ser, o Ídolo dos ídolos.
 
6 Reparemos que a referida frase coloca o assento tónico, a iniciativa, no "homem", não na "mulher". Diz: "Deixará o homem, o pai e a mãe, para se unir à sua mulher e os dois serão uma só carne". O Poder é macho, sempre será macho, mesmo que seja exercido por mulheres. Só a Política é feminina. O Poder, todo o Poder, é macho. Está aí para dominar, oprimir, esmagar, reprimir, roubar, explorar, infantilizar e, finalmente, matar. Nunca os seres humanos e os povos do Planeta o seremos verdadeiramente, enquanto houver Poder. O Poder é o Inimigo do Humano. Só a Política Praticada é amiga do Humano. Faz o Humano ser /crescer, até tornar-se autónomo, livre, responsável por si e pelos demais e pelo Planeta. Este é o objectivo de Deus Criador. Não é o objectivo do Ídolo. O objectivo do Ídolo é descriar o Humano, para ser ele, o Poder, a reinar. Enquanto Deus Criador do que gosta é de Política Praticada pelos seres humanos e pelos povos, o Ídolo que se faz passar por Deus, do que gosta é do Poder Político.»
 
do capítulo 26 do "Livro da Sabedoria" do Mário de Oliveira
 

segunda-feira, novembro 16, 2009

Comentário ao um padre que se questiona.

“Senhor, quando deixarei de ser teu funcionário, para ser apenas Tu em mim e eu em Ti?” - questão do padre católico.

 

Esta frase prendeu a minha atenção, eu que há 25 anos atrás pensava em ir para padre, mas a vida levou-me a ser irmão em vez de padre (pai), pois os pais só servem quando o outro ainda é menor de idade ou menor em entendimento, e isto num determinado período da vida; agora irmão é tratar os outros seres humanos como iguais, é não tentar ser maior que os outros nem melhor, é olhá-los ao mesmo nível.

 

Jesus jamais poderia ser padre, e muito, os apóstolos e os discípulos, lhe pediram para ser um pai para eles, e Jesus sempre recusou, e reafirmava a sua irmandade com todos.

 

Deixa a função (funcionário) de padre, e sê, pura e simplesmente, irmão como Jesus o foi para com todos que com ele conviveram.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Amar ou não amar, eis a questão.

 

Continuamos a perguntar-nos, se amamos ou não aquele/aquela outro/outra.

 

Se aceitarmos que, inevitavelmente, amamos todos os seres humanos e todas as coisas visíveis e invisíveis. Nunca se nos colocaria essa questão de, amamos ou não amamos.

 

A escolha seria entre as várias formas de amor, e colocaríamos apenas a questão, de que forma vou amar aquela pessoa.

 

Podemos então amar aquela pessoa, pensando que estamos a odiá-la, então estamos perante a ilusão do ódio, mas só o amor é real.

 

Podemos então amar uma outra pessoa, pensando que precisamos dela para a nossa felicidade, e estamos perante a ilusão da necessidade de ser feliz, mas só o amor é real.

 

Podemos então amar aquela pessoa especial, pensando que não haveria outra pessoa no mundo com quem nos déssemos melhor, e estamos perante a ilusão do especialismo, mas só o amor é real.

 

Amem, pois já são amados de muitas formas.

 

 

sexta-feira, novembro 06, 2009

O que eu ouvi ontem: A aceitação do teu irmão

"Tu ainda não despertaste, mas podes aprender como despertar. Muito simplesmente, o Espírito Santo te ensina a despertar os outros. À medida em que tu os vês despertos, vais aprender o que significa o despertar e porque escolheste despertá-los, a sua gratidão e a sua apreciação do que tu lhes deste vão ensinar-te o valor do despertar. Eles virão a ser as testemunhas da tua realidade, como vós fostes criados como testemunhas da realidade de Deus. No entanto, quando a Filiação se reúne e aceita a própria unicidade, ela será conhecida pelas suas criações, que testemunham a realidade dela assim como o Filho faz com o Pai."
 
Do livro "Um Curso Em Milagres"

segunda-feira, novembro 02, 2009

Mestre de filosofia

"

Herman José – A propósito de metafísica, ofereceram-me um livro, que de uma forma bem menos metafísica do que o professor defende, atribui a autoria de alguns poemas a si próprio, portanto a editora garante que é o Agostinho da Silva que escreveu. E a propósito de gatos, que também tenho gatos, e acho um animal surpreendente, eu fui rebuscar e não é nada original que a Alice Cruz já fez isto, foi buscar poesias suas, mas fui rebuscar umas poesias, algumas delas engraçadíssimas e desconcertantes de tão singelas, esta por exemplo tem que ver com gatos e diz só assim: Mestre de filosofia, com mais saber e engenho, o meu gato mia. Que é que isto quer dizer?

 

Agostinho da Silva – Quer dizer que o gato é um animal que está naturalmente na vida, e se cumpre gato, e dá imediatamente em si com o tempo a ideia fundamental que parece ser, vê lá tu que não é de gato mas uma coisa diferente, vê lá tu se te cumpres. Então a filosofia fundamental do gato, parece ser para toda a gente o de se cumprir, não é de cumprir só, que essa por exemplo é a filosofia do militar, é de cumprir-se, não se trata portanto de alguma coisa imposta de fora, mas daquilo que veio com a pessoa que é a própria pessoa , em que ela se trata fundamentalmente de se cumprir."

 

Entrevista do prof. Agostinho da Silva a Herman José.